2009/02/22

Formação Cívica

NOVO TEMA/NOVA FICHA sobre CONVENÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA (visite o site que está no blog "A Consultar" para as aulas de Formação Cívica). Prepara-se!

DESAFIO III (Vale 12 pontos):
1. Produz uma pequena reflexão pessoal acerca do artigo 29º da Convenção "A educação deverá ter como objetivo o pleno desenvolvimento da personalidade, talentos e capacidade física e mental da criança. A educação deverá preparar a criança para uma vida adulta livre, numa sociedade livre, e propiciar o respeito aos pais da criança, à identidade cultural, língua e valores da criança, bem como o respeito ao ambiente cultural e aos valores dos outros."


DESAFIO II (Vale 10 pontos):

1. Em que ano entrou em vigor a Convenção dos Direitos da Criança?
2. Em que ano a mesma foi ratificada por Portugal?
3. Em que dia/mês do ano se comemora o Dia Mundial da Criança?
4. Qual é a sua opinião acerca do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil?
Vencedora: Ana Sofia, 8º D.


O TRABALHO INFANTIL
"O trabalho infantil é um dos grandes dramas sociais do mundo.
Desde sempre, as crianças trabalharam, ajudando as famílias nos campos e nos ofícios, com maior ou menor intensidade. A extrema fragilidade dos meios de subsistência, no tempo em que as técnicas de produção e a organização social eram precárias, a isso obrigavam, pois era necessária a colaboração de todos. O advento da Revolução Agrícola e da Revolução Industrial trouxe novos dados: nas minas e nas fábricas, as crianças passaram a fazer parte do operariado, cumprindo jornadas de trabalho de quinze ou dezasseis horas.
Hoje em dia, porém, reconhece-se que o trabalho tem consequências extremamente negativas sobre a saúde e o crescimento da criança. O normal desenvolvimento físico, psíquico, social e emocional da pessoa tem exigências que não se coadunam com a disciplina do trabalho. Por outro lado, a generalidade das crianças que trabalham não frequenta a escola, ainda que a escolaridade, a um nível básico, seja mencionada na Convenção dos Direitos da Criança.
A UNICEF estima que uma em cada quatro crianças do Terceiro Mundo e dos países em vias de desenvolvimento, sobretudo asiáticos e africanos, tem que trabalhar para reforçar o orçamento da família. São mais de 250 milhões de crianças que trabalham em condições sanitárias por vezes deficientes, durante um número de horas excessivo, mesmo para adultos, por salários extremamente baixos, sem qualquer tipo de apoio social. As crianças são mão-de-obra dócil e barata, fácil de explorar.
A resolução do problema passa pelo desenvolvimento económico dos países mais pobres, de forma a erradicar a miséria; pela promulgação e pelo cumprimento de legislação que garanta os direitos da criança (escolaridade obrigatória, estabelecimento de uma idade mínima legal para trabalhar, etc.); e pela própria pressão dos cidadãos dos países desenvolvidos, que podem recusar-se a consumir produtos que sabem ter sido feitos com recurso ao trabalho infantil".(Convenção dos Direitos da Criança. In Infopédia).




DESAFIO I(VALE 5 PONTOS PARA O 1º QUE RESPONDER ACERTADAMENTE):
1. Identifique a figura representada na imagem.
2. Identifique a sua profissão.
3. Identifique a organização por ele fundada.
4. Quando foi fundada essa organização.
5. Identifique os objectivos da organização.
Vencedor: Rodrigo, 8º D.

A chave correcta da ficha realizada sobre a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM: 1)b; 2)a; 3)a; 4)a; 5)c; 6)b; 7)c; 8)c; 9)b; 10)a.

2009/02/19

sugestões de leitura

De D. Afonso Henriques, o 1º rei a ter amantes, a D. Dinis, um rei de grande fogosidade, a D. João V, conhecido pelas suas aventuras amorosas dentro do convento de Odivelas, a D. José e à relação com Teresa de Távora, da qual até a rainha tinha conhecimento, a D. Pedro IV, que se deixou contagiar pelos amores em terras de Vera Cruz, ou a D. Carlos que se interessava mais pelas questões da carne do que pela governação. Por detrás da história oficial dos reis portugueses e dos seus casamentos de Estado com princesas de toda a Europa, esconde-se uma história de paixões arrebatadoras, filhos ilegítimos e amores ilícitos que nunca foi contada. Damas da rainha, prostitutas, barregãs, negras, escravas, cantoras líricas, actrizes, mulheres do povo ou senhoras da alta burguesia, todas competiam pela atenção e pelos favores do rei. Se madame Pompadour ganhou estatuto de amante na corte francesa do rei Luís XV com as regalias que daí lhe advinham, poucas são as amantes dos reis portugueses que ficaram conhecidas na História.

As Origens de Origens de Portugal - história contada a uma criança, "é de algum modo uma obra ímpar do homem que se distinguiu como professor e pedagogo mas também como poeta autor de uma poesia ao mesmo tempo simples e profunda, apreciada por um vasto público. Com ilustrações do autor, de traço ingénuo, que conferem ao livro um encanto particular, esta obra recheada de ensinamentos, acessível a crianças dos primeiros anos de escolaridade mas que muitos adultos lerão com agrado, vai ao encontro das raízes da nacionalidade, dos sucessos que marcaram o nascimento de Portugal e do génio dos povos que aqui viveram e nos legaram um rico património espiritual e material. A mais recente edição de "As Origens de Portugal" é, como as anteriores, um fac-simile do texto ilustrado original, e inclui o capítulo manuscrito sobre o reinado de Afonso II, descoberto entre os papéis do autor já depois da sua morte"(Frederico Gama Carvalho)


Luis Rosa narra uma das mais trágicas paixões que a nossa memória colectiva jamais esqueceu. É como se a história estivesse a ser revivida por quem escreve e quem lê. E tudo isto sem esquecer o rigor histórico posto na investigação dos personagens, do ambiente e sobretudo da intriga que culmina na tragédia que se abateu sobre o amor infinito de Pedro e Inês.

Neste livro, ´A Canja do Imperador´, o jornalista J. A. Dia Lopes conta as curiosas histórias em torno da vida e da mesa de personalidades de várias épocas. A obra revela as preferências culinárias e curiosidades à mesa de reis, rainhas, imperadores, papas, escritores, chefs famosos e outros nomes conhecidos da humanidade, através de uma coletânea com 74 crônicas que têm como personagens principais D. Pedro I, D. Pedro II, D. JOÃO VI, João Paulo II, John F. Kennedy, Marilyn Monroe, Hemingway, Freud, Churchill, Balzac, Casanova, Átila, Nostradamus, Portinari, Napoleão, Carlos Magno, Salvador Dalí, Grace Kelly, Carmen Miranda, entre outros. Cada crónica contém uma receita, às vezes desenvolvida pelo próprio personagem e testada por algum chef conhecido ou cozinheiro.

2009/02/11

A Revolução Liberal Portuguesa

RESULTADOS:

VENCEDORES DO JOGO1 "A Revolução de 1820":
- Do 11º H: Tiago Matias, Cristina Sousa.
- Do 11º J: DianaA/David/JoanaR/JoanaF/Nuno/Silvana/Sara/Telma/Flávia/JoanaS/VeraS.

VENCEDOR JOGO2 "A Revolução Liberal":
- Do 11º H: José Carlos Teixeira.

VENCEDOR DO JOGO3:
- Do 11º H: Cristina Sousa.

VENCEDOR DO JOGO4:
- Do 11º H: José Carlos Teixeira.

VENCEDORA DO JOGO5:
- Do 11º H: Regina Coelho.



JOGO5

Ganha pontos quem joga:
- Jogo1.: "A Revolução de 1820"
- Proponho agora a resolução do Jogo2 "A Revolução Liberal" - a responder no blog (o 1º ganha).
- Jogo3: de que forma podemos relacionar a imagem I (Évora Monte)com a Revolução Liberal? - a responder no blog (a 1ª resposta correcta ganha).
- Jogo4: A que dois movimentos nos reportam as datas (27 de Maio de 1823 e 30 de Abril de 1824) referenciadas no documento?
- Jogo5: Quem foi o duque de Saldanha? Absolutista ou Liberal?


JOGO4
"Soldados! Se o dia 27 de Maio de 1823 raiou sobremaneira maravilhoso, não será menos o de 30 de Abril de 1824; antes um e outro irão tomar distinto lugar nas páginas da história lusitana; naquele deixei a capital para derrubar uma facção desorganizadora, salvando o trono e o excelso rei, a família real e a nação inteira, dando mais um exemplo de virtude à sagrada religião que professamos, como verdadeiro sustentáculo da realeza e da justiça; e neste farei triunfar a grande obra começada, dando-lhe segura estabilidade, esmagando de uma vez a pestilenta cá fila dos pedreiros livres, que aleivosamente projectava alçar a mortífera foice para acabar e de todo extinguir a reinante casa de Bragança.Soldados! Foi para este fim que vos chamei às armas, plenamente convencido da firmeza do vosso carácter, da vossa lealdade e do decidido amor pela causa do rei. Soldados! Sejais dignos de mim, que o infante D. Miguel, vosso comandante em chefe, o será de vós. Viva el-rei nosso senhor, viva a religião católica romana, viva a rainha fidelíssima, viva a real família, viva o brioso exército português, viva a nação, morram os malvados pedreiros livres."



Imagem I JOGO3









obelisco de pedra ("O Obelisco da Memória")destinado a perpetuar o desembarque na praia de Pampelido, das tropas liberais, comandadas por D. Pedro IV, que marca o fim do regime absolutista em Portugal.






D. Maria II Contava apenas 7 anos, quando seu pai, D. Pedro IV, abdicou do trono de Portugal em seu favor, em Abril de 1826. Devia casar, logo que tivesse idade, com o tio, D. Miguel, nomeado regente e lugar-tenente do reino, o que foi aceite pelo Infante, em Julho de 1826, assumindo a regência, ao chegar a Lisboa, em Janeiro de 1828, após ter jurado fidelidade à rainha e à Carta Constitucional. D. Maria foi enviada para a Europa em Julho de 1828, para defender os seus direitos ao trono, tendo ficado a residir em Londres, e a partir de 1831 em França. Só em 24 de Setembro de 1834, com o fim da Guerra Civil, tendo quinze anos de idade, assumiu o governo do País. Casou em 1835 com Augusto de Leuchtenberg, filho de Eugénio de Beauharnais, e neto da Imperatriz Josefina, primeira mulher de Napoleão Bonaparte, irmão mais velho da segunda mulher de D. Pedro IV, mas que morreu logo em Março desse ano. D. Maria casou segunda vez com Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, irmão do rei dos Belgas, Leopoldo I, e primo do marido da rainha Vitória da Inglaterra, o príncipe Alberto. O casamento realizou-se em 9 de Abril de 1836. Durante o seu curto reinado, passado num dos mais conturbados períodos da nossa história, o das lutas entre liberais e absolutistas, vários acontecimentos históricos se passaram: a Guerra Civil, a revolução de Setembro, a Belenzada, Revolta dos Marechais, a Maria da Fonte, a Patuleia. Sucedeu-lhe o seu filho mais velho, D. Pedro V.



"Nunca algo semelhante tinha acontecido na história de Portugal ou de qualquer outro país europeu. Em tempo de guerra, reis e rainhas tinham sido destronados ou obrigados a refugiar-se em territórios alheios, mas nenhum deles tinha ido tão longe, a ponto de cruzar um oceano para viver e reinar do outro lado do mundo. Embora os europeus dominassem colónias imensas em diversos continentes, até àquele momento nenhum rei tinha posto os pés nos seus territórios ultramarinos para uma simples visita – muito menos para ali morar e governar. Era, portanto, um acontecimento sem precedentes tanto para os portugueses, que se achavam na condição de órfãos da sua monarquia da noite para o dia, como para os brasileiros, habituados até então a serem tratados como uma simples colónia de Portugal."(Portal da Literatura) - UMA BOA SUGESTÃO DE LEITURA (contextualizado na matéria que estamos a abordar) do aluno José Teixeira, 11º H. Obrigada.








(carrega nas imagens para leres os artigos).









D. João VI "era capaz de devorar seis [galinhas] por dia, três no almoço e três no jantar", diz J.A. Dias Lopes em "A canja do imperador".



MARIA DA FONTE, ou Revolução do Minho, é o nome dado a uma revolta popular ocorrida em 1846 contra o governo cartista presidido por António Bernardo da Costa Cabral. A revolta resultou das tensões sociais remanescentes das guerras liberais, exacerbadas pelo grande descontentamento popular gerado pelas novas leis de recrutamento militar, por alterações fiscais e pela proibição de realizar enterros dentro de igrejas. Iniciou-se na zona de Póvoa do Lanhoso (Minho) por uma sublevação popular que se foi progressivamente estendendo a todo o norte de Portugal. A instigadora dos motins iniciais terá sido uma mulher do povo chamada Maria, natural da freguesia de Fontarcada, que por isso ficaria conhecida pela alcunha de Maria da Fonte. Como a fase inicial do movimento insurreccional teve uma forte componente feminina, acabou por ser esse o nome dado à revolta. A sublevação propagou-se depois ao resto do país e provocou a substituição do governo de Costa Cabral por um presidido pelo 1.º duque de Palmela. Quando num golpe palaciano, conhecido pela Emboscada, a 6 de Outubro daquele ano, a rainha D. Maria II demite o governo e nomeia o Duque de Saldanha para constituir novo ministério, a insurreição reacende-se. O resultado foi uma guerra civil de 8 meses, a PATULEIA, que apenas terminaria com a assinatura da Convenção de Gramido, a 30 de Junho de 1847.