2008/06/22

Os POETAS do 7º D...«Não ao Racismo!»

«Todos diferentes e todos iguais», slogan usado há alguns anos na ingénua tentativa de combater a discriminação, a xenofobia, o racismo. Porém, continua a ser necessário hoje e até um dia longínquo (?) para apagar esse sentimento nas pessoas, nas sociedades. A bem da verdade, sempre me fizeram sentir diferente, ou porque me faziam festinhas qual cachorro de raça ou me lançavam olhares piedosos de pretinha adoptada, ou ainda, de outra forma, me diziam: “vai para a tua terra”. Eu sou da terra, do planeta Terra não de Marte! Estão a referir-se ao facto de o meu pai ser africano? A minha mãe é europeia…que sugerem que faça? Que ponha uma perna em Portugal e a outra na Guiné? Vocês dirão, não é verdade, os portugueses não são racistas, tanto não o são, que conviveram com os pretos em África vários séculos. Eu direi, sim é verdade, apesar de tudo isso, continuam a ser racistas, já nesse tempo não viam o preto como igual, mas sim, como um serviçal, como uma ama, como um escravo, raramente como um amigo.
Felizmente fui educada sob a sigla da igualdade, os meus pais incutiram-me a ideia de que eu tinha os meus direitos intactos. É um orgulho ter origem em duas culturas, dois continentes, duas raças. Os meus pais quando se conheceram tiveram que ultrapassar algumas barreiras, mas tinham a esperança de que a minha geração, passados vinte anos, as ideias e os comportamentos fossem diferentes. Contudo, enganaram-se, a minha geração insiste em manter a ignorância e a intolerância das gerações anteriores.
Este é um assunto que me incomoda mas não ao ponto de me fazer desabar. Pelo contrário, tem em mim o efeito contrário, impulsiona-me para a frente como nenhuma outra coisa. Também não podia de forma alguma deixar passar em branco este facto, embora reduzindo a sua importância. Já muita gente morreu e matou por motivos xenófobos e racistas, porém contem comigo para defender esta causa, hoje e sempre.
Para finalizar devo dizer-vos, ninguém se faz pelas suas próprias mãos, o Deus que me fez, fez também cada um de vós…e nem sempre foi sempre generoso com alguns.
Isabel Lopes, nº 10

Se queres olhar
olha pela frente
não sejas racista
e feliz serás para sempre.
Fala,
quando tiveres de falar.
Olha,
para onde deves olhar.
Critica,
quando tiveres de criticar
mas não sejas racista,
aí estás a exagerar!
Ana Peixoto, nº 3

Racismo para racistas!!!
Porquê ser racista?
A diferença é a cor?
Mas estamos a ser egoístas,
com o racismo prejudicados ficamos
e em seguida, maltratados choramos.
Porquê o racismo?
Porquê ser racista?
Quem tem esta atitude
está a ser egoísta!
Carlos Santos, nº 6

Ser negro é normal,
ser de outra cor não faz mal.
Somos todos iguais,
independentemente de onde somos naturais.
Francisca Ferreira, nº 8


Todos diferentes
Todos iguais
Negros ou brancos
Não discriminar,
Vamos é lutar
Para o insulto acabar!
Inês Pinto, nº 9

Neste mundo injustiçado
o Homem deve ser respeitado
mas para haver respeito
o racismo tem de ser parado!
Luís Coelho, nº 13

Todos unidos, todos amigos
Se queres gozar, goza contigo
Pois ninguém te atura com o teu racismo!
Luís Dias, nº 15

Porquê o racismo?
Porquê a discriminação?
Só tu sabes mesmo,
O porquê desta acção!
Maria Luís, nº 17

Não sejas racista
Só ficas a perder
Arriscas-te a ficar SÓ
e nunca mais os amigos ver.
Nuno Pinto, nº 19

2008/06/18

Guernica3D - PPicasso e a arte contra a violência gratuita!



Em 26 de Abril de 1937 durante a Guerra Civil espanhola (1936-1939), um ataque aéreo da Legião Condor (bombardeiros alemães aliados dos fascistas espanhóis), destruiu, por ordem do General Franco, a cidade de Guernica (pequena cidade basca).Foi considerado o primeiro ataque aéreo da história feito a uma localidade desmilitarizada. Ao todo, 600 mil pessoas morreram durante os três anos da Guerra Civil Espanhola. Guerra Civil Espanhola, preliminar da II Guerra Mundial para os fascistas. Este quadro revela Picasso como profundo defensor da liberdade humana e é testemunho do seu desejo de tomar o partido dos oprimidos e das vítimas da violência. Picasso evitou introduzir referências directas a uma realidade concreta, para universalizar ao máximo a mensagem contra a loucura de todas as guerras.
Alguns detalhes do quadro:
Animais simbólicos: o touro e o cavalo, 2 animais que caracterizam a tourada, símbolo do povo espanhol, vítima de agressão;
Distorções: todas as figuras do quadro aparecem distorcidas, atormentadas por uma força opressora;
O Grito: pessoas e animais têm a boca aberta para deixar saír um Grito Colectivo de Terror;
Cores: preto, branco e cinzento para criar uma atmosfera dramática dominada pela morte e pelo sofrimentos.