REALISMO
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ROMANTISMO
Na pintura romântica, o artista privilegia a natureza da seguinte forma:
- A paisagem é um tema preferencial entre os pintores românticos, porque nela projectavam os seus estados de espírito e a sua visão de existência;
- A natureza torna-se uma fonte de inspiração para os romãnticos, que a retratavam nas suas várias cambiantes (tempestuosa, dramática, bucólica e pitoresca);
- A representação da natureza constitui um modo privilegiado de os artistas expressarem as emoções, os sentimentos, a sensibilidade, a imaginação, a fantasia, o mistério, o sonho, a subjectividade, a espiritualidade;
John Constable, William Turner e Caspar D. Friedrich podem ser considerados entre os maiores paisagistas românticos. Contudo, existem entre eles diferenças como olham e representam a Natureza.
John Constable, o mais naturalista, as suas paisagens reflectem com maior veracidade as formas, cores e ambiências da Natureza. No entanto, pelas composições e iluminação, as suas obras atestam uma visão idílica e bucólica da Natureza, apreciada de modo sensível e emotivo pelo artista.
W. Turner pinta sobretudo marinhas, em diferentes ambientes climáticos, com a linha do horizonte muito baixa, de modo a fazer sobressair os céus, onde regista com particular atenção os efeitos de luz e cor sobre a atmosfera.
C. D. Friedrich prefere paisagens agrestes e inóspitas, quase irreais, onde a presença humana aparece como opositora à Natureza (as suas personagens estão frequentemente de costas para o espectador).
"George Sand", por Eugéne Delacroix.
A Paixão entre Chopin e George Sand (pseudónimo de Amandine Lucile Dupin). O homem não foi feito para pensar constantemente. Quando pensa demais torna-se louco, do mesmo modo que se torna estúpido quando não pensa o suficiente. Pascal o disse: "Não somos nem anjos nem bestas". George Sand, Histoire de ma vie — IV.
Em 2010 comemora-se o bicentenário do nascimento do compositor Frédéric Chopin (1810-17.10.1849). Para festejar essa data, o escritor José Jorge Letria escreveu «A Última Valsa de Chopin».
O Palácio da Pena é expressão da arquitectura e do espírito romântico, devido aos seguintes aspectos e características:
Iniciativa e sensibilidade estética do encomendador:
- Aquisição, por parte de D. Fernando de Saxe-Coburgo (1818-1885), marido da rainha D. Maria II, de um antigo mosteiro, para a construção de uma residência-palácio de Verão ao gosto romântico;
- Escolha de um local no topo da serra de Sintra, com vista privilegiada sobre toda a natureza envolvente;
- O encomendador, D. Fernando, era um romântico por natureza;
Exotismos e revivalismos presentes na estrutura:
- Ecletismo arquitectónico, concretizado numa profusão de estilos: neogótico, neomanuelino, neomourisco, neo-indiano (mistura intencional da mentalidade romântica, que dedicava invulgar fascínio ao exotismo);
- Neomourisco, nos contrafortes exteriores, nos arcos e nas cúpulas;
- neogótico, na torre do relógio;
- Neomanuelino, na decoração do claustro do antigo convento e na janela que constitui uma réplica da janela manuelina do Convento de Cristo, em Tomar;
Elementos decorativos exteriores:
- Bow-window (janela saliente), ladeada por duas torres de sugestão medieval;
Pórtico alegórico da criação do mundo, encimado por um tritão (representação manuelina – temas marítimos – e exótica);
- Baluarte cilíndrico de grande porte, encimado por uma cúpula;
- Cúpulas orientalizantes.
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