2008/11/11

Renascimento - Uma entrevista a Leonardo da Vinci



Ciência Hoje: Gostaríamos que nos falasse um pouco da sua infância.
Leonardo da Vinci: O meu pai era um notário de Florença e a minha mãe uma simples camponesa. Julgo que não se conheceram para reconhecimento de uma assinatura, uma vez que ela seria analfabeta. Nasci no dia 15 de Abril de 1452.

CH: Como sentiu o facto de ser filho ilegítimo?
LdV: Tendo em conta a época, não foi tão mau como isso, embora fosse um estigma com o qual era difícil viver. Ainda por cima era canhoto, o que era considerado, então, um sinal diabólico. De qualquer modo, o meu pai não descurou a minha educação. Com cinco anos fui para casa dele. Em 1460 mudámo-nos para Florença.

CH: Foi aí que entrou para a oficina de André Verrocchio...
LdV: Isso foi passado alguns anos. Efectivamente, o meu pai não descurou a minha educação e tive um acesso privilegiado ao conhecimento literário e artístico daquele tempo. Os tempos passados na oficina de Verrocchio foram muito difíceis mas proveitosos: fazia tintas, cuidava de pincéis, etc. No entanto, modéstia à parte, depressa dei nas vistas, o que é algo que dá jeito nas artes visuais.

CH: Conta-se, aliás, que o seu mestre teria desistido de pintar ao aperceber-se de que nunca alcançaria o valor de Leonardo.
LdV: Mesmo que não seja verdade é uma boa história, não acha?

CH: É verdade. Tendo um início auspicioso que iria ser confirmado numa carreira brilhante como artista a verdade é que não se distinguiu menos como cientista.
LdV: E arquitecto e engenheiro e anatomista. Em mim, nunca a prática e a teoria estiveram desligadas, tudo se relaciona com tudo. É por isso que nunca senti nenhum conflito entre todas essas minhas facetas.

CH: Aliás, os seus estudos anatómicos ficaram quase tão célebres como as suas pinturas...
LdV: Sempre tive essa obsessão de conhecer a fundo o corpo humano porque, na realidade, não há melhor obra de engenharia, não pode haver arquitectura mais perfeita nem poderia haver melhor motivo de pintura.
(…)

CH: E legou-nos, também, uma impressionante quantidade de desenhos com inventos seus.
LdV: Sabe? Era muito fácil ser inventor num tempo em que estava tanta coisa por inventar. Fazia-me confusão que, havendo tanto céu, o homem não conseguisse voar e que, havendo tanta água, não se conhecesse o fundo do mar.

CH: Deve ficar espantado, então, com as conquistas tecnológicas do mundo actual.
LdV: O que me espanta é que tenha sido preciso esperar 500 anos até se conseguir voar.
(…)

Fonte: Fernando Nabais in www.cienciahoje.pt/index.php


Proposta de trabalho:

À semelhança desta entrevista a uma personagem histórica do Renascimento, redige outras entrevistas a personagens históricas deste período, tais como Miguel Ângelo, Erasmo de Roterdão, Luís de Camões, Brunelleschi, Miguel Cervantes… Para isso, começa por pesquisar informações sobre a vida da figura que seleccionares entrevistar, em Enciclopédias como por exemplo a Diciopédia.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ana Sofia: Muito boa tarde , Dr. Luis de Camões! É com muita honra e prazer q o recebemos hoje na nossa rubrica q incentiva ao reconhecimento dos artistas perante as pessoas!
Luis de Camões: O prazer é todo meu e é importante lembrar q este tipo de rubricas são de extrema importância!
A.S: Obrigado! Para começar, pode-nos falar um bocado sobre a sua formação profissional?
LdC:Estudei Literatura e Filosofia na fabulosa cidade de Coimbra, e como protector tive D.Bento de Camões, meu tio por parte paterna.
A.S:Já em 1552, sucedeu uma disputa em que os envolventes eram o senhor e um funcionário da Corte. Pagou por esse acto na cadeia, tendo saído antecipadamente. Porquê?
LdC:Após esses acontecimentos, o que eu procurava era sem dúvida, o perdão da Coroa e do agredido e já com isso garantido e no ano seguinte a ser preso, refugiei-me na India, pois a vida que estava a ter em Lisboa, não me estava a agradar.
A.S:Mas também aí não foi totalmente feliz…
LdC:Em parte não fui. Na Índia, mais precisamente nas terras de Macau e Goa, compus várias obras e letras de canções. Na primeira terra referida, exercia a profissão de provedor-mor de defuntos e ausentes enquanto que na segunda terra referida viria a naufragar na viagem na foz do Rio Mecom, porém salvei-me nadando com um braço e erguendo o outro que transportava o manuscrito da imortal epopeia, enquanto via uma rapariga morrer, e por quem me tinha apaixonado. Voltei a terras de Goa e sofri bastantes desterros, dos quais nunca me irei esquecer!
A.SImagino o sofrimento! Após 16 anos voltou a Lisboa...
Para minha alegria! Foi aí que consegui publicar a minha obra “Os Lusíadas”, com a ajuda do rei D. Sebastião. Dediquei-a ao referido rei , a quem tinha de pagar uma tença de 15 000 réis num determinado prazo.
A.S: Actualmente as muitas das suas obras são conhecidas, nomeadamente "Os Lusiadas". O que sente?
LsC: Sem dúvida que vejo muito trabalho da minha parte a ser reconhecido! Trabalhei bastante para todas as obras que fui compondo...
A.S: E chegamos ao fim... Muito obrigado pela sua pesença!
LdC: Eu é que tenho de agradecer pelo convite que me foi proposto.


Ana Sofia 8ºD nº3

Rosário disse...

assim se lê, assim se escreve, assim (bem) se aprende.

Anónimo disse...

Professora, desculpe a caligrafia! Tem erros. Estou habituada a abreviações.

Ana Sofia nº3 8ºD