No decurso do século II a.C., a região foi tomada pelos Romanos que edificaram a cidade no ano 16 a.C., com a designação de Bracara Augusta, em homenagem ao Imperador César Augusto. Como capital de convento, exercia funções jurídicas, religiosas e económicas sobre um extenso território. Durante a primeira metade do século I, conheceu um povoamento sistemático, tendo então sido erguidos alguns dos seus edifícios públicos, ao mesmo tempo que iam sendo ocupados os seus quarteirões residenciais. A cidade deve ter atingido a sua máxima expansão no séc. II (Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho).
As obras do prolongamento do túnel da Av. da Liberdade, trouxeram à luz do dia mais vestígios arqueológicos. As escavações concretizadas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho (UAUM) identificaram as ruínas de um edifico romano de grandes dimensões.
Realizado em 1967, por Jacques Tati, Playtime – Vida Moderna mostra, num subúrbio de Paris, uma sociedade obcecada com tudo o que é moderno e tecnológico. Através de duas personagens principais (Barbara e Sr. Hulot) que se movem por ambientes muito semelhantes entre si (aeroportos, hotéis, restaurantes, escritórios, etc.), Tati retrata de forma caricatural os homens e mulheres modernos. Estes vivem num constante ambiente estereotipado, de prédios de aço, betão e vidro; vivem para consumir e ficam fascinados com objectos “tecnológicos” que não passam de tralha: escovas de soalho com faróis incorporados, candeeiros de mesa/dispensadores de cigarros, tudo o que de mais inútil se possa imaginar, até portas que não fazem barulho ao fechar!
O arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer, de 102 anos, foi hospitaliado no Rio de Janeiro, na sequência de uma infecção urinária. Rio de Janeiro, Brasil, 02 mai (Lusa) - O arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer, 102 anos, hospitalizado há uma semana devido a uma infecção urinária no hospital Samaritano do Rio de Janeiro, deverá ter alta dentro de 15 dias, anunciou sábado o seu médico, Fernando Gjorup.
As primeiras décadas do século XX ficaram marcadas, na arquitectura e no design, por discussões relacionadas com as relações entre “Arte e Técnica” e “Forma e Função”. O Modernismo (na arquitectura e no design) caracteriza-se pela adesão plena às inovações tecnológicas e pela fidelidade à “verdade dos materiais”. Pelas preocupações com a proporção à escala humana. Um dos conceitos fundamentais do pensamento modernista é que “a forma segue a função”. As bases do Modernismo cristalizaram no Estilo Internacional, nas décadas de 1920 e 1930. Até atingir essa cristalização, a arquitectura Modernista da Escola de Chicago e de Glasgow e da Secessão Vienense tornou-se progressivamente mais racionalista e funcionalista:“tudo o que não tenha função não pode ser belo”. A arquitectura caminhou no sentido da planta de organização livre, da depuração formal e da desornamentação dos edifícios, explorando as potencialidades da parede sólida, lisa e sem decoração, enquanto símbolo da nova era da máquina. Aplicando as regras do desenho industrial à arquitectura, Peter Behrens utilizou as estruturas metálicas (gaiola estrutural), explorou as potencialidades do betão nas fachadas e as “paredes cortina”, inteiramente feitas de vidro. Para Walter Gropius o papel da arquitectura consistia em “dar forma artística ao espaço da técnica e não em decorá-lo.
OS VITRAIS Além da função decorativa e de elemento de forte simbologia, fornecem-nos inúmeras informações acerca das características e do modo de vida durante a Idade Média. Os vitrais eram amplamente utilizados na decoração de igrejas e catedrais, o efeito da luz solar que por eles penetrava, conferia uma maior imponência e espiritualidade ao ambiente, efeito reforçado pelas imagens retratadas: cenas religiosas. Essas imagens funcionavam também como uma narrativa para instruir os fiéis, principalmente a maior parte da população que não tinha condições de ler. As imagens são consideradas uma espécie de escrita que ajudava na doutrinação dos fiéis. Nos vitrais também é comum identificar personagens não-bíblicas, que correspondem a indivíduos que colaboraram com doações para a construção de uma catedral.
A CONSULTAR: http://www.esfcastro.pt:8079/users/franciscosilva/Vanguardasartisticas.html
EXPRESSIONISMO
FAUVISMO
O Fauvismo é considerado a primeira vanguarda por pretender libertar a utilização da cor da sua tradicional referência directa à natureza ou à realidade. A expressão fauve foi utilizada pejorativamente pelo crítico de arte Louis Vauxcelles na sua apreciação às obras, referindo-se à forma agressiva, quase selvagem, como era aplicada a cor em tons puros e directamente sobre a tela, dependente exclusivamente das emoções dos pintores. Os novos valores cromáticos introduzidos na pintura inspiraram esta nova geração de pintores a exaltar as cores em tons fortes, quentes e vibrantes, que mais não pretendia exprimir os seus sentimentos e as suas emoções em composições livres, berrantes e enérgicas.
O TEMPO DAS VANGUARDAS
As várias correntes artísticas que se desencadearam no princípio do século XX concordaram pelo menos num aspecto: a destruição dos conceitos e dos valores estéticos tradicionais e a criação de novas linguagens artísticas. Exigia-se originalidade e ruptura. A dissolução da imagem figurativa na pintura foi a tendência. Conferir à pintura uma linguagem autónoma e auto-suficiente, livre da representação dos objectos e do espaço concreto, foi um dos objectivos comuns à maioria desses movimentos. - Os fauves: conferiram à cor um valor plástico puro;
- Os expresionistas: romperam os vínculos da arte com a representação do visível;
- Os cubistas: destruíram o espaço tridimensional tradicional e a interpretação volumétrica das formas;
- Os futuristas: negaram ao espectador a sua condição de mero observador da obra;
- O neoplasticismo holandês: destruíu definitivamente toda a figuração e abandona qualquer inspiração no mundo real.
O CINEMA
A invenção do cinema é atribuída aos irmãos Lumiére. Filmaram em 1894 e 1895 "A saída dos Operários de uma Fábrica" e "O Grande Café Paris", conseguindo finalmente realizar um sonho antigo - captar imagens em movimento. A história revela-nos que, durante séculos, os artistas se esforçaram por desenvolver uma técnica de semelhança fazendo da pintura o primeiro processo de representação da realidade observável. A fotografia foi o passo seguinte, aparentemente mais eficaz na sua capacidade de reprodução da realidade. Ainda antes dos Lumiére, Muybridge construiu um aparelho que lhe permitiu fixar imagens de um cavalo a galope (http://www.artsmia.org/animal-locomotion/index.html) que foram consideradas como a primeira série cinematográfica.
“Kinetoscópio” - Invenção de Thomas Edison que consiste num gabinete com cerca de 15 metros de película enrolada em bobinas, que permitia a visualização de imagens em movimento através de um buraco.
O pioneiro do cinema encarado como indústria foi George Méliès que produziu inúmeros filmes de ficção onde desenvolveu engenhosos truques que lhe permitiram criar uma linguagem visual particular e específica. Para lá de simples imagem em movimento, o cinema é um dos grandes testemunhos sociais e artísticos do século XX.
O ESPAÇO
Até à 1ª Grande Guerra a Europa dominara o mundo sob o ponto de vista político, económico, científico, tecnológico e demográfico. Todavia, após as grandes guerras, a situação mudou radicalmente. No período instável dos anos 20 e 30, mas principalmente após a 2ª Grande Guerra, muitos europeus abandonaram o continente, fugindo às perseguições políticas e raciais ou, simplesmente, em busca de melhores condições de vida. O destino principal da emigração europeia era o continente americano, nomeadamente os Estados Unidos. Muitos destes emigrantes eram provenientes das classes médias e médias-altas e detinham bons níveis de formação cultural, académica e profissional (médicos, professores, cientistas, artistas…). Os dirigentes americanos apostaram numa política de promoção e financiamento da cultura e da ciência, aprovando e mantendo programas de investigação científica nas mais variadas áreas.
Durante e após a 2ª Guerra Mundial muitos sábios alemães foram convidados pelos EUA a continuarem ali as suas pesquisas. Foi uma época de grande dinamismo científico que conferiu aos EUA a liderança mundial, em termos industriais e tecnologias de ponta, o que se reflectiu na qualidade de vida das populações. Algo semelhante aconteceu com a criação artística e intelectual. Logo após o fim da 1ª Grande Guerra muitos foram os artistas europeus de vanguarda que viajaram definitiva ou temporariamente para os EUA (Man Ray, Duchamp, Breton, Mondrian, Miró, Dalí, Tzara...). Em pouco tempo os EUA tornaram-se berço de importantes correntes de pensamento artístico com origem na Europa e que para ali se deslocaram. Isto originou o conceito de “cultura ocidental” que viria a espalhar-se com a ajuda dos meios de comunicação de massas.
O TEMPO
Entre 1914 e 1918 travou-se, essencialmente na Europa, a 1ª Grande Guerra - considerada como um marco histórico no início do século XX. A partir desta Guerra estabeleceram-se novas correlações de forças no mundo, marcando o declínio da Europa e a ascensão dos EUA à condição de principal potência mundial.
A novidade nesta guerra é que foi travada entre potências industrializadas que utilizaram o desenvolvimento tecnológico no seu esforço bélico. O resultado foi devastador. O saldo foi de mais de 19 milhões de mortos, dos quais 5% eram civis.
Após a guerra, o mapa da Europa sofreu modificações significativas. Novos países surgiram e outros perderam território. A Alemanha ficou económica e militarmente arrasada enquanto os Estados Unidos despontavam como grande potência do século XX.Foi criada a Liga das Nações com o objectivo de resolver diplomaticamente problemas futuros entre as nações.As mulheres ganharam espaço no mercado de trabalho já que muitos homens morreram ou ficaram mutilados.
Na Rússia a Revolução Soviética triunfara em 1917. As democracias ocidentais passaram por enormes dificuldades. A guerra destruíra a economia. Uma inflação galopante e um desemprego dramático provocaram uma grande agitação social, incrementando o movimento operário, animado pelos partidos de esquerda. Os Estados Unidos da América tinham expandido extraordinariamente a sua economia, tornando-se a maior potência mundial a todos os níveis, originando o mito do american way of life.
Contudo, em 1929, o crash da bolsa de Nova Iorque veio mostrar como a prosperidade do pós-guerra era frágil, provocando a Grande Depressão. Na Europa, a Grande Depressão veio travar a recuperação económica, abrindo caminho a posições políticas e sociais de grande radicalismo que culminaram na tomada do poder por partidos autoritários, fortemente nacionalistas, que provocaram uma instabilidade insustentável. Estava aberta a via que haveria de conduzir à 2ª Guerra Mundial entre 1939 e 1945. Esta guerra, ainda mais destruidora que a anterior, terminaria de forma macabra com o lançamento de duas bombas atómicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
Espaço de guerra e de desolação, atravessado por oscilações económicas e grandes mutações sociais, este tempo ficou marcado por uma profunda consciência dos limites da humanidade e da sua capacidade de auto-destruição.
O fim da Segunda Guerra Mundial marcou o início de um novo equilíbrio internacional. De um lado o mundo capitalista e liberal, liderado pelos EUA, do outro, o bloco comunista com a URSS à cabeça.
No caos político, social e económico que a guerra espalhou, os valores do pensamento racionalista, optimista e positivista do século XIX. A ciência e a tecnologia tinham, afinal, aplicações perigosas, capazes de pôr em causa a própria existência da espécie humana.
Instala-se, entre os intelectuais, o cepticismo, o relativismo, o sentido do absurdo, a crise de valores e a contestação sistemática e socialmente provocatória.
No Ocidente, a modernização dos modos de vida nas grandes cidades esteve na origem de uma cultura de massas em que a publicidade e a propaganda passaram a ser utilizadas no sentido de manipular e orientar os padrões culturais das populações. Os principais veículos da massificação que então alastra no mundo capitalista foram (para além dos jornais) a rádio, o cinema e uma novíssima invenção que veio transformar definitivamente o panorama sociocultural: a televisão.
Assim, entre a massificação crescente e alienante da cultura/modos de vida e a velocidade a que as transformações se operavam, a arte ganhou para si própria um estatuto cada vez mais individualista e independente. A arte reivindicou autonomia e liberdade em relação à sociedade ou programas ideológicos e temáticos, declarando independência e ausência de limites na sua criação. Ao questionar a sociedade, a arte questionou também o seu próprio papel no contexto social e as relações que estabelece com o público, repensando o papel e a figura do artista.
O INÍCIO DO SÉCULO XX
"Conturbado, agitado e conflituoso, o século XX foi marcado por imensos contrastes. De um lado, uma sociedade em crescente progresso económico, científico e tecnológico, uma civilização essencialmente urbana e massificada, e do outro, continentes e países cada vez mais pobres, autênticos palcos de fome guerra e miséria, totalmente dependentes do mundo ocidental. Todavia o acentuado crescimento da indústria, da tecnologia e da produção, não deixou de criar tensões políticas, rivalidades ideológicas e um clima de grande instabilidade que conduziria a conflitos de dimensão mundial. E, se a 1ª Guerra Mundial (1914-1918) foi o culminar da radicalização dos nacionalismos oitocentistas, já a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) revelou-se um choque eminentemente ideológico, opondo dois sistemas políticos profundamente antagónicos: a democracia e as ditaduras fascista e comunista. No início do século XX, a "vida moderna" tão propagada pelos artistas e intelectuais do século anterior, era uma realidade. Novos inventos e dscobertas na área da ciência e da tecnologia impuseram mudanças a um ritmo vertiginoso; novos hábitos e costumes sociais afectaram o quotidiano das pessoas; a publicidade determinou gostos, atitudes e interesses massificados; a mulher adquiriu direitos e alterou a sua condição social e cultural; os electrodomésticos tenderam a facilitar progressivamente as tarefas rotineiras; o telefone traduzu-se num dos inventos mais revolucionários; o automóvel converteu-se no símbolo da civilização moderna; o avião encurtou distâncias entre os lugares; a comunicação social - a rádio, a televisão e a imprensa - constituiu-se como um poder autónomo na sociedade; o cinema afirmou-se como a mais excelente revelação da modernidade; e a música criou novos sons, novos ritmos e novas expressões, recorrendo a suportes e influências de origens muito diversas. Estimulados por este ambiente, os artistas da vanguarda enveredaram por uma via de ruptura e experimentalismo, à velocidade do tempo que assimilaram e à dimensão do espaço que conceberam." (Paulo Simões Nunes).
O líder mundial de reproduções manuais de pinturas a óleo, OverstockArt.com, deu a conhecer a lista das dez obras de arte mais populares e solicitadas durante a década passada. Os artistas impressionistas e modernistas continuam a ser os mais admirados e cobiçados pelo grande público:
1- A NOITE ESTRELADA (1889), Vicent van Gogh (Museu de Arte Moderna de Nova Iorque); 2- O TERRAÇO DE CAFÉ NO FÓRUM (c. 1888), Vincent van Gogh (Kroller-Muller Museum, Otterlo); 3- O BEIJO (c. 1907-1908), Gustav Klimt (Osterreichische Galerie Belvedere, Viena); 4- CAMPO DE PAPOILAS (1873), Claude Monet (Musée d´Orsay, Paris); 5- A GIOCONDA (c. 1503-1506), Leonardo da Vinci (Louvre, Paris); 6- O SONHO (1932), Pablo Picasso (Mr. and Mrs. Victor W. Ganz Collection, Nova Iorque); 7- LE DÉJEUNERS DES CANOTIERS (1880-81), Pierre Auguste Renoir (The Philips Collection, Nova Iorque); 8- O GRITO (1893), Edvard Munch (The National Gallery, Oslo); 9- RED CANNAS (1927), Georgia O´Keeffe (Amon Carter Museum, Texas); 10- A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA (1931), Salvador Dali (Museu de Arte Moderna de Nova Iorque).
Escultor francês. O Gótico e Miguel Ângelo, as principais influências do seu trabalho. As suas obras, longe do academismo da época, prenunciam a revolução que viria a protagonizar e as inovações que viria a introduzir na escultura: expressividade das formas, o movimento e a energia deixada na matéria pelas suas mãos. Acusado de moldar as suas figuras directamente do natural, tal era o realismo explícito nas suas formas, o modelado das suas esculturas exprimem uma vitalidade e um realismo tão forte que o deixaram ligado à elevação da escultura a uma expressão artística autónoma. Obras: "Homem a andar", 1877; "O Pensador", 1880-1904 (obra concebida para o centro do tímpano da Porta do Inferno. Representa Dante, reflectindo sobre a sua criação poética e simboliza o homem criador, em geral); "A Porta do Inferno", 1880-1917 (obra encomendade para o Museu de Artes Decorativas de Paris, foi fundida mas nunca chegou a ser aplicada. Teve como inspiração temática a Divina Comédia de Dante); "Os Burgueses de Calais", 1884-1895 (Uma das primeiras encomendas públicas feitas a Rodin, Nela evoca a história de seis notáveis de Calais que se entregaram ao inimigo para salvar a cidade, quando esta estava cercada pelos ingleses); "Danaide", 1885, "O Beijo", 1886 (O casal enlaçado é Paolo e Francesca, heróis de Dante. Tal como outras obras de Rodin, a peça foi concebida primeiramente para a porta do Inferno)); "A Catedral", 1907 (A posição em ogiva das duas mãos direitas, associada ao título que Rodin lhe atribuiu, conferem a esta peça uma dimensão mítica);
Na pintura romântica, o artista privilegia a natureza da seguinte forma: - A paisagem é um tema preferencial entre os pintores românticos, porque nela projectavam os seus estados de espírito e a sua visão de existência; - A natureza torna-se uma fonte de inspiração para os romãnticos, que a retratavam nas suas várias cambiantes (tempestuosa, dramática, bucólica e pitoresca); - A representação da natureza constitui um modo privilegiado de os artistas expressarem as emoções, os sentimentos, a sensibilidade, a imaginação, a fantasia, o mistério, o sonho, a subjectividade, a espiritualidade;
John Constable, William Turner e Caspar D. Friedrich podem ser considerados entre os maiores paisagistas românticos. Contudo, existem entre eles diferenças como olham e representam a Natureza.
John Constable, o mais naturalista, as suas paisagens reflectem com maior veracidade as formas, cores e ambiências da Natureza. No entanto, pelas composições e iluminação, as suas obras atestam uma visão idílica e bucólica da Natureza, apreciada de modo sensível e emotivo pelo artista.
W. Turner pinta sobretudo marinhas, em diferentes ambientes climáticos, com a linha do horizonte muito baixa, de modo a fazer sobressair os céus, onde regista com particular atenção os efeitos de luz e cor sobre a atmosfera.
C. D. Friedrich prefere paisagens agrestes e inóspitas, quase irreais, onde a presença humana aparece como opositora à Natureza (as suas personagens estão frequentemente de costas para o espectador).
"George Sand", por Eugéne Delacroix.
A Paixão entre Chopin e George Sand (pseudónimo de Amandine Lucile Dupin). O homem não foi feito para pensar constantemente. Quando pensa demais torna-se louco, do mesmo modo que se torna estúpido quando não pensa o suficiente. Pascal o disse: "Não somos nem anjos nem bestas". George Sand, Histoire de ma vie — IV.
Em 2010 comemora-se o bicentenário do nascimento do compositor Frédéric Chopin (1810-17.10.1849). Para festejar essa data, o escritor José Jorge Letria escreveu «A Última Valsa de Chopin».
O Palácio da Pena é expressão da arquitectura e do espírito romântico, devido aos seguintes aspectos e características:
Iniciativa e sensibilidade estética do encomendador: - Aquisição, por parte de D. Fernando de Saxe-Coburgo (1818-1885), marido da rainha D. Maria II, de um antigo mosteiro, para a construção de uma residência-palácio de Verão ao gosto romântico; - Escolha de um local no topo da serra de Sintra, com vista privilegiada sobre toda a natureza envolvente; - O encomendador, D. Fernando, era um romântico por natureza;
Exotismos e revivalismos presentes na estrutura: - Ecletismo arquitectónico, concretizado numa profusão de estilos: neogótico, neomanuelino, neomourisco, neo-indiano (mistura intencional da mentalidade romântica, que dedicava invulgar fascínio ao exotismo); - Neomourisco, nos contrafortes exteriores, nos arcos e nas cúpulas; - neogótico, na torre do relógio; - Neomanuelino, na decoração do claustro do antigo convento e na janela que constitui uma réplica da janela manuelina do Convento de Cristo, em Tomar;
Elementos decorativos exteriores: - Bow-window (janela saliente), ladeada por duas torres de sugestão medieval; Pórtico alegórico da criação do mundo, encimado por um tritão (representação manuelina – temas marítimos – e exótica); - Baluarte cilíndrico de grande porte, encimado por uma cúpula; - Cúpulas orientalizantes.
"A destruição do passado é um dos fenómenos mais característicos e sinistros do fim do século XX. A maioria dos jovens do fim do século cresce numa espécie de presente permanente com falta de uma relação orgânica com o passado público dos tempos que estão a viver." Eric Hobsbawn, Age of Extremes: the Short 20th Century 1914-1991.