2011/05/18

Ficha de Leitura: "O papel de Portugal nos séculos XV e XVI", pela aluna Mariana Duarte

FICHA DE LEITURA: "O papel de Portugal nos séculos XV e XVI"
(A PARTIR DA METODOLOGIA PP. 48-49)


OBRA
O papel de Portugal nos sécs. XV-XVI. Que significa Descobrir? Os Novos Mundos e um Mundo Novo, 1ª edição portuguesa em 1994 pela Edição do Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.
AUTOR
Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho, nascido a 9 Junho 1918 em Lisboa, filho de Vitorino Henriques Godinho e de Maria José Magalhães. Estudou e licenciou-se em Lisboa, em Ciências Histórico-Filosóficas. Foi professor universitário, e, interessando-se cada vez mais por História, dirigiu e apresentou diversas obras e coleções, grande parte acerda dos Descobrimentos e respectiva economia, Documentos para a História da Expansão portuguesa, História Económica e Social da expansão portuguesa, O Mediterrâneo saariano e as caravanas de ouro-sécs XI a XVI, entre outras. Também interveio na política e escreveu obras sociológicas. Faleceu a 26 Abril 2011, e é considerado um dos historiadores portugueses mais notáveis de sempre.
EXCERTO/PARTE CONSULTADOS
Parte da obra O papel de Portugal nos sécs. XV-XVI. Que significa Descobrir? Os Novos Mundos e um Mundo Novo.
RESUMO
CITAÇÕES
OBSERVAÇÕES
COMENTÁRIOS
·       Nesta obra, o autor aborda não só o papel dos portugueses nos descobrimentos, como ronda a questão acerca do que significa descobrir.
Segundo Vitorino Godinho, “as chaves do descobrir são, por conseguinte: saber onde se pretende chegar; estabelecer marcos na via susceptível de nos conduzir ao destino; daí, conseguir traçar a rota que nos reconduzirá ao porto de largada; e, finalmente, saber regressar ao mesmo destino e chegar são e salvo.” [Os portugueses aplicaram estas chaves consideradas correctas para descobrir, pois efectuaram com sucesso inúmeros descobrimentos, como a Índia por Vasco da Gama, e a passagem do temido Cabo das Tormentas.].
·       Destaco uma passagem “Descobrir: construir o espaço operacional, e consequentemente, instrumentos físicos (...), utensilagem mental (…) construção do tempo (…)trajetos” – [Os instrumentos físicos são, por exemplo, a bússola, o quadrante, a balestilha, as tábuas solares, e a utensilagem mental remonta aos, por exemplo, sistemas de coordenadas, as medidas, a precisão da descrição do espaço; a construção do tempo engloba o conhecimento das marés, das correntes marítimas e do vento, as estações adequadas às viagens. Tudo aspectos que os nossos portugueses tiveram em especial atenção. Com a utilização destes novos instrumentos introduzidos e com a prioridade destas informações foram possíveis viagens melhor sucedidas.].
·        “As navegações de descobrimento teceram uma rede mundial de rotas, ponto em muta relação todas as civilizações. (…) Esta integração de conhecimentos acumulados constitui um factor capital do processo dos Descobrimentos.” [O autor Vitorino Magalhães Godinho é conhecido pelas suas obras acerca dos descobrimentos e respectiva economia. Neste excerto, ele não se refere só ao capital monetário como a um legado de obras culturais (manuais náuticos, informações de mercadorias)].
·        Os Portugueses deixaram uma marca na história e contribuíram fortemente para o conhecimento do Mundo, pois para além de descobrir, esforçaram-se “por captar as formas de pensar e sentir dos outros”
·        Os Descobrimentos e consequente dinamismo do comércio ocorridos trouxeram/exigiram desenvolvimentos, não só a níveis técnicos (instrumentos e embarcações) como em disciplinas como Álgebra, Cartografia e Geometria Analítica. Estes novos saberes contribuíram também para o exercício do espírito crítico que se encontra nas raízes do pensamento do Renascimento.

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