2011/05/19

Prática de Competências - “O Admirável Mundo Novo da Imprensa nos Séculos XV-XVI”, pela aluna Liliya Balinska, 10º 10

Prática de Competências
 “O Admirável Mundo Novo da Imprensa nos Séculos XV-XVI”, pp. 28-31

1.           Identifique a natureza da documentação apresentada.
A documentação apresentada ao longo destas páginas é de natureza variável, já que podemos encontrar não só documentos escritos como também pinturas, mapas e até mesmo gráficos.
Quanto ao documento A, podemos dizer que é um documento iconográfico produzido no século X e que representa São Gregório Magno como monge-copista. Relativamente ao documento B, é um texto histórico jurídico, visto que se trata de um excerto do Tratado de Confissom, impresso em Chaves, em 1489. Este tratado foi a obra mais antiga impressa em Portugal. No documento C, estamos, novamente perante um documento iconográfico, já que se trata de uma pintura. Nesta obra podemos ver uma oficina de imprensa do século XVII, na qual se observa perfeitamente os diferentes cargos que lá se exerciam. No documento D, temos um mapa histórico acompanhado de gráficos. Tanto no mapa como nos gráficos, podemos ver a expansão da imprensa na Europa, entre os séculos XV e XVI. No gráfico 3, por exemplo, podemos ver que o tipo de livros mais impressos era de natureza religiosa. Por último temos o documento E, no qual encontramos textos historiográficos, ou seja, textos que foram produzidos pelos historiadores entre o século XIX e a actualidade. Estes textos foram retirados da obra “Os Descobridores”, escrita pelo Daniel J.Boorstin, em 1987.


2.           Destaque a modernidade do processo de fabrico de livros apresentado no doc. C (compare-o com o do doc. A)
Com a invenção da imprensa o processo de fabrico de livros mudou completamente. Para começar enquanto um monge-copista demorava cerca de um dia para redigir 200 linhas, as oficinas imprimiam 180 folhas por hora, o que poupava imenso tempo. Nas oficinas, o trabalho era repartido por várias funções. Além de ser mais rápido e mais prático, o fabrico de livros tornou-se mais barato, pois em vez de utilizar o pergaminho, utilizava o papel, que para além de ser mais económico era também muito mais leve e liso, o que tornava o trabalho mais fácil.
Como podemos ver a invenção da imprensa foi revolucionária em vários aspectos, incluindo o facto de ter permitido que as mulheres participassem no processo de fabrico de livros.


3.           Onde se localizavam as mais antigas oficinas de imprensa na Europa? Porquê?
Segundo o mapa do doc. D, as primeiras oficinas de imprensa foram fundadas fundamentalmente no Império Germânico, em cidades como Mogúncia e Francoforte, em 1455. Portanto, como o alemão J. Gutenberg inventou a imprensa, o Império Germânico passou a ser considerado o berço da invenção da imprensa.


4.           Identifique diferentes tipos de livros impressos. Quais os predominantes? Porquê?
A impressão de livros dividia-se em cinco tipos de texto, o texto religioso, literário, científico, jurídico e outros. Os textos do tipo religioso eram predominantes (45%), seguidos de textos literários (30%) e depois, com 10% cada, os textos científicos e jurídicos. A maioria dos textos estavam escritos em latim (75%), os restantes (25%) estavam escritos em língua europeia.
Esta predominância do latim, assim como dos textos religiosos, deve-se ao facto de até à Idade Moderna praticamente todos os documentos estarem em latim e serem, maioritariamente, obras de natureza religiosa visto que quase ninguém sabia ler ou escrever, exceptuando o clero.


5.           Compare os pontos de vista dos coevos relativamente à invenção da imprensa.
 O primeiro texto, por parte do bispo Jean André de Bassi não considera bom o facto de a literatura ter-se vulgarizado tanto, sendo acessível praticamente a todos. Podemos comprovar isto através da expressão: “Pois não é uma grande glória para Vossa Santidade ter conseguido que os menos abastados formem uma biblioteca com poucas despesas e comprem por vinte escudos volumes perfeitos...”. No entanto, Konrad Celtis, humanista alemão, é de uma opinião diferente, pois defende que a imprensa permitiu ao homem servir-se das letras a seu favor, dando-lhe acesso a informações que antes estavam vedadas. Vemos isto através da expressão: “... e o que existe nos quatro cantos do mundo também doravante nos será possível, mediante esta arte alemã que nos ensinou a servirmo-nos da letras impressas”.
Por último, temos o documento 3, no qual Daniel J. Boorstin explica a concorrência que havia entre a imprensa e os escribas. Isto é, como os livros impressos eram de baixo custo, os escribas viram o seu negócio ameaçado. Com esta situação, em 1543, Francisco I publicou um edicto abolindo a imprensa, em Paris, que porém nunca foi posto em prática.


6.            Explique o novo preço dos livros impressos.
Como podemos ver no quadro 2 do doc. D, até ao século XV produzia-se muito menos exemplares do que a partir do século XV (enquanto no século XV produzia-se cerca de 200 milhões de exemplares, no século anterior só se produziu cerca de 20 milhões). Foi por isso mesmo que os preços baixaram, pois como se produzia muito mais, os livros estavam disponíveis a quase todas as pessoas, os preços a estes também estavam mais acessíveis. Além disso o fabrico o fabrico era muito mais rápido e os materiais utilizados  bem mais baratos (ex. em vez do pergaminho utilizava-se papel).

Sem comentários: